Por Lorena Brum
Já começou a Semana
de Comunicação, na Universidade Castelo Branco. Dezenas de alunos reuniram-se para ouvir
palestras de grandes nomes do Jornalismo e da Publicidade. Entre
eles, estiveram presentes a jornalista da Globo News, Luiza Zveiter,
o jornalista Marcelo Castilho, repórter da TV Brasil, e os
publicitários Marcelo Gorodicht, da empresa X-Tudo Comunicação e
Lula Vieira, um dos nomes mais reconhecidos na área publicitária.
O evento tratou das
tendências em comunicação, e todos os convidados falaram sobre
suas experiências na área, seja ela em áudio-visual ou em redação
publicitária. Alguns fatos relatados durante as apresentações
levaram a tal ponto de perceber que a comunicação precisa tomar uma
forma cultural para passar informações adiante. Segundo Luiza
Zveiter, “qualquer tipo de comunicação é cultura. Comportamento
é cultura. Informações, no geral, tudo é cultura”. Para a
jornalista, que hoje possui um quadro jornalístico na Globo News,
‘Estúdio I’, ela acredita que “as pessoas têm muito mais
acesso à cultura através da comunicação. Redes sociais, jornais
on line, são alguns dos meios onde pode-se encontrar informações
relevantes.” Em seu programa, Luiza mostra as diferentes formas de
cultura dentro de uma mesma sociedade, e isso traz uma diversidade de
assuntos que são abordados de maneira descontraída e com
personalidade.
O livro também faz
parte da cultura de um povo, porém, para o publicitário Lula
Vieira, esse objeto já deveria ter sido abolido das prateleiras. O
por quê? A resposta foi bem simples e taxativa: “As coisas estão
evoluindo cada vez mais rápido. Enquanto a tecnologia evolui, os
desejos e sentimentos humanos continuam estagnados. Com toda a
tecnologia em avanço, é importante também se desapegar das coisas
velhas. Claro que existem coisas fundamentais que não podem ser
desfeitas. Porém, hoje fala-se tanto em salvar a natureza, e todos
os dias se produz mais e mais livros. Isso derruba árvores, gasta-se
madeiras para fazer papéis, ainda têm as máquinas que poluem o
ambiente, e assim acabam prejudicando a natureza.” Radical ou não,
é fato que atualmente os computadores já possuem a capacidade de
armazenar páginas e páginas de uma obra, mas será que a cultura
existente na sociedade, há séculos, que ainda constituem o hábito
de leitura, poderá ser destituída de uma vez por todas do papel?
Pode ser!
Desapegar também é
outro ponto que bateu muito forte na questão cultural. A exemplo do
livro, como já foi mencionado anteriormente, será possível se
abster de algo que desde sempre fizemos uso ou convivemos, em prol de
uma simples mudança cultural? O jornalista Marcelo Castilho
enfatizou um aspecto crucial em sua profissão: “O jornalista tem
que saber de tudo, ler sobre tudo, mas é preciso se adaptar as
diferentes culturas de uma região para conseguir o que se quer ali.”
Mas também existem aqueles tipos de pessoas que não precisam se
locomover do seu hábitat para expor a cultura de um povo, como é o
caso do publicitário Marcelo Gorodicht, que não poupou as palavras
ao dizer que “o que sempre será importante na publicidade, é a
idéia. Pessoas com idéias geniais para os diferentes meios de
comunicação, terão uma chance muito maior de produzir uma peça
para diferentes culturas sociais.”
Conhecer a cultura de
um povo, entender como eles se comunicam entre si e com a tecnologia,
é um desafio que perdura nos dias atuais. Não basta basear-se
apenas no que a mídia retrata, desapegar de velhos costumes, ou ter
idéias brilhantes e inusitadas. A comunicação é mais do que só
aprender palavras, é tudo aquilo que se aprende e passa de geração
a geração. É isso que constrói a cultura de uma sociedade.
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