sexta-feira, 8 de junho de 2012

Robocop será o novo filme de José Padilha


Por Úrsula Lima
O Diretor brasileiro José Padilha estará à frente da direção da refilmagem do filme “Robocop” de 1987. O filme contará com um elenco de peso. O ator Gary Oldman, que concorreu ao Oscar de melhor ator em 2012 pelo filme “O espião que sabia de mais”, será o vilão do filme, o cientista Norton, criador do Robocop.
Também terá a presença de Joel Kinnaman, da série “The killing”, na pele de Alex Murphy, um policial que para ser salvo da morte é transformado num ciborgue que começa a proteger os cidadãos e que vive o dilema de ser um homem-máquina.
Padilha (Tropa de elite) contou que o conceito de “Robocop” é ótimo "primeiro, porque se presta a uma série de críticas sociais, mas também porque coloca uma questão: em que ponto alguém perde sua humanidade? Isso é feito através da substituição de partes do corpo com peças de máquinas, e isso é muito inteligente, porque, adivinhem, vai acontecer!".
A refilmagem começará a ser rodada em setembro desde ano, em Toronto, e tem data de lançamento prevista para julho de 2013. A abordagem de José Padilha será diferenciada do original de 1987, de Paul Verhoeven, a releitura focará no momento de transição do policial ao ciborgue.

Morre músico Nelson Jacobina aos 58 anos


Por Úrsula Lima

Nelson Jacobina (http://www.dicionariompb.com.br/nelson-jacobina), o co-autor da música “Maracatu Atômico” (http://letras.terra.com.br/chico-science-e-nacao-zumbi/45210/) foi enterrado na última quinta-feira (31), no Rio de Janeiro, depois de ter sido internado no hospital Pró-Cardíaco da mesma cidade. O hospital informou que a causa da morte foi devido ao câncer disseminado.
O compositor, instrumentista e arranjador conhecido pelas músicas cantadas por Chico Science (http://www.dicionariompb.com.br/chico-science) e Gilberto Gil (http://www.dicionariompb.com.br/gilberto-gil) já lutava contra um câncer no pulmão há 5 anos e que se alastrou para outros órgãos vitais.
Jacobina, mesmo muito doente, ainda participava do grupo orquestra imperial. "Ninguém compreende a força dele. Ele se movimentava devagarzinho, mas na hora do palco ele renascia e parecia que estava tudo bem" contou o amigo de mais de 40 anos, Jorge Mautner. (http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=pjSJYcdtJ4A)

O Auto da Compadecida retorna ao Rio de Janeiro após 16 anos


Por Gabriel Tagarro


Escrita originalmente, em 1955, por Ariano Suassuna, a peça O Auto da Compadecida está de volta aos palcos do Rio de Janeiro, no ano em que o escritor comemora seu 85º aniversário. Dirigido por Sidnei Cruz e formado por um elenco de 15 atores, entre eles: Marco Pigossi, Lucci Ferreira, Janaína Prado e Gláucia Rodrigues, o espetáculo está em cartaz no Teatro Fashion Mall até o dia 01 de julho. Composta por três atos, a peça retrata para o grande público as condições de vida presentes no Nordeste do Brasil.

Longe dos palcos cariocas há 16 anos, o espetáculo vem com uma nova montagem. Utilizando elementos da literatura que levantam algumas dificuldades como a extrema pobreza, religiosidade e a figura mítica do cangaceiro, a iniciativa da Cia. Limite 151 já se tornou um sucesso de crítica. Quem já conhecia o espetáculo perceberá que algumas mudanças foram inseridas, de forma positiva, e tornam a peça ainda mais interessante, mantendo a fidelidade ao texto de Suassuna.

O tema central da história se mantém em João Grilo (Gláucia Rodrigues), que sempre fica ao lado do covarde Chicó (Marco Pigossi), seu melhor amigo. Dono de uma personalidade dúbia, João Grilo se envolve em diversas situações, objetivando tirar vantagem sempre. Fazendo uso de sua esperteza o sertanejo acaba falecendo, vítima de um plano armado por si mesmo. Ele é obrigado a enfrentar o julgamento divino quando o diabo tenta capturá-lo a qualquer custo, mas a Compadecida o ajuda a escapar, dando-lhe uma chance para se redimir.

Semelhante à história contada na TV e no cinema através da minissérie e do filme, respectivamente, o espetáculo possui diversos elementos dramatúrgicos que podem projetá-lo para se tornar um grande sucesso de público. Detalhes como a organização do palco, que se assemelha a um circo, e a presença de palhaços que surgem como narradores já se tornam um diferencial. Refinados elementos de cenografia, figurinos detalhados e afinada interpretação dos atores apenas somam, tornando o espetáculo um programa imperdível.

Universidades promovem debates relacionados à repressão militar no Brasil


Por Gabriel Tagarro

A discussão sobre o fantasma da ditadura, que pairou sobre solo brasileiro no período de 1964 a 1985 é o mote do festival “Cinema pela Verdade”, que viajará pelas 27 capitais do país, até junho, promovendo exibições gratuitas de filmes sobre o tema e debates com convidados especialistas.

O projeto tem como objetivo levar a todo o Brasil alguns filmes nacionais relacionados ao período de repressão militar vivido no país, suas consequências na história da nação e a promoção de uma reflexão. Ao todo, cada uma das 81 universidades previamente selecionadas exibirão cinco películas, seguidas de discussões com pesquisadores, pessoas que vivenciaram a ditadura, acadêmicos e integrantes de movimentos culturais e sociais.

Os filmes escolhidos para o festival foram: Cidadão Boilsen (2009), de Chaim Litewski, Condor (2007), de Roberto Mader e Hercules 56 (2006), de Silvio Da-Rin. Diário de uma Busca (2010), de Flávia Castro e Uma Longa Viagem, de Lucia Murat, lançamento de 2012, também foram selecionados como participação especial para exibição em alguns locais.

Para a organização do “Cinema pela Verdade”, foram selecionados 27 estudantes universitários, um em cada capital, chamados de agentes mobilizadores. Previamente instruídos e treinados durante o período de 7 a 11 de maio, os jovens são responsáveis pela orientação durante as exibições em suas respectivas unidades de ensino. Além disso, também cabe aos estudantes a divulgação do festival e o auxílio na pesquisa para reunir os integrantes das mesas de debates.

Produzido pelo Instituto Cultura em Movimento (ICEM) em parceria com o Ministério da Justiça, o festival foi contemplado pelo edital “Marcas da Memória”, da Comissão de Anistia, que visa a promoção de eventos e projetos em geral com foco no período da ditadura militar no Brasil.

Confira abaixo a programação do festival na cidade:

UERJ – Auditório Cartola
Data: 28 de maio
Horário: 14h
Filme: “Cidadão Boilsen”

Horário: 18h
Filme: “Condor”
Debatedores: Oswaldo Munteal (Departamento da História da UERJ) e Amir Haddad (ator, diretor de teatro e fundador do Grupo Tá na Rua)

UFRJ – IFCS – Auditório do térreo, sala 113
Data: 30 de maio
Horário: 13h
Filme: “Hércules 56”
Debatedores: Carlos Fico (Ex- militante e Professor do Departamento de História UFRJ) e Silvio Da-Rin (diretor do filme)

Data: 31 de maio
Horário: 18h
Filme: “Condor”
Debatedores: Jessie Jane (Professora do Departamento de História da UFRJ)

PUC – Auditório RDC
Data: 04 de junho
Horário: 14h
Filme: “Condor”
Debatedores: Adriana Facina e Jards Macalé

Data: 05 de junho
Horário:14h
Filme: “Cidadão Boilesen”
Debatedor: Renato Lemos (Professor do Departamento de História UFRJ)

UFRJ – Praia Vermelha
Data: 06 de junho
Horário: 18h30m
Filme: “Condor”
Debatedora: Cecília Boal (viúva do diretor Augusto Boal)

Música brasileira investe pesado em onomatopeias


Por Lorena Brum

As onomatopeias estão em alta entre as músicas do século XXI. Quando Michel Teló estourou nas paradas de sucesso com “Ai, se eu te pego”, um turbilhão de críticos da música nacional se mobilizaram para ridicularizar o intérprete da canção pela 'pobreza' da letra. Nas redes sociais, usuários criaram charges, que se espalharam por milhares de pessoas, que faziam comparações entre a década de 60 e os dias de hoje: enquanto uma garota jovem e bonita daquele tempo era flertada com os versos de “Garota de Ipanema”, de Vinícius de Moraes, às belas moças de hoje só resta se contentar com um “Ai, se eu te pego”. Mas o tempo mostrou que essa perseguição é injusta. Se comparar as canções antigas com os sucessos mais recentes do sertanejo universitário que bombou na internet e trouxe de volta a moda dos refrãos repetitivos de onomatopeias, Michel Teló se tornou o poeta mais bem recompensado de sua geração.

As construções sintáticas mais complexas da gramática, como “Sábado, na balada, a galera começou a dançar [...]”, viraram coisa rara entre os hits brasileiros. Agora, as mulheres bonitas correm o risco de ouvir não só o “Ai, se eu te pego”, mas o derivado mais direto “Ai, ai! Ai, ai, ai, ai! Assim você mata o papai”, do grupo Sorriso Maroto. Porém, se o tal rapaz for ainda mais ousado, é bem provável que ele vá chamá-la logo para o “lê lê lê”, o “tcherere tchê tchê” ou “tchu tchá tchá” - que não são palavras nenhuma, e nem querem dizer nada, mas são ruídos bucais que, acompanhados de uma 'boa' coreografia de quadris, não deixam dúvidas do sentido de tal intenção. Não adianta fugir da realidade. Nas pistas de dança, nas telas da TV, não há quem consiga evitar o gênero ao inédito “Oi oi oi”, da dança angolana Kuduro, que voltou a mil por hora na novela Avenida Brasil, da Rede Globo.

Agora, os intérpretes de “Eu quero tchu, eu quero tchá”, os sertanejos João Lucas e Marcelo, tem sido os mais beneficiados pelo fenômeno da onomatopeia. O hit encantou o jogador Neymar, que até criou uma dancinha futebolística para comemorar seus gols, e chegou a participar de um clipe com a dupla. A exaustiva repetição do refrão levou a música ao primeiro lugar na lista de downloads do iTunes no Brasil.

Conheça os refrãos mais pegajosos da música brasileira, da década de 1940 aos dias de hoje:

O meu ganzá faz chica chica boom chic p'ra eu cantar o chica chica boom chic”
CHICA CHICA BOOM CHIC – Carmen Miranda – 1941

Bim bom bim bim bom bom. É só isso o meu baião e não tem mais nada não”
BIM BOM – João Gilberto – 1958

Tetê tê tê, têtêretê, tê tê, têtêretê, tê, tê, têtêretê, tê tê...”
TAJ MAHAL – Jorge bem – 1972

Segura o tchan, amarra o tchan, segura o tchan ,tchan ,tchan, tchan, tchan”
MELÔ DO TCHAN – Gera Samba – 1995

Aê, aê, aê, aê, êh, êh, êh, êh, ô, ô, ô, ô, ô”
PREFIXO DE VERÃO – Netinho – 1996

Bom, xibom, xibom, bombom”
XIBOM BOM – As meninas – 1999

Créu, créu, créu, créu, créu...”
DANÇA DO CRÉU – MC Créu – 2008

Mas acontece que eu sorri para ti, e aí, larari, larari, pom, pom, pom”
SE EU SOUBESSE - Chico Buarque – 2011

Tchê tcherere tchê tchê, tcherere, tchê tchê, tcherere tchê tchê, tchereretchê, tchê, tchê, tchê, Gustavo Lima e você”
BALADA BOA – Gustavo Lima – 2012

Oi, oi, oi, oi, oi, oi, vem pra quebrar com tudo, vamos dançar com tudo.”
VEM DANÇAR COM TUDO – ( Versão) Robson Moura e Lino Krizz - 2012

Sou simples mas eu garanto, sei fazer o lê lê lê, lê lê lê”
LÊ LÊ LÊ – João Neto e Frederico - 2012

Ai, ai! Ai, ai, ai, ai, assim você mata o papai”
ASSIM VOCÊ MATA O PAPAI – Sorriso Maroto – 2012

eu quero tchu, eu quero tchá. Eu quero tchu tchá tchá tchu tchu tchá”
EU QUERO TCHU, EU QUERO TCHÁ – João lucas e Marcelo - 2012

Inovar, desapegar ou criar?


Por Lorena Brum


Já começou a Semana de Comunicação, na Universidade Castelo Branco. Dezenas de alunos reuniram-se para ouvir palestras de grandes nomes do Jornalismo e da Publicidade. Entre eles, estiveram presentes a jornalista da Globo News, Luiza Zveiter, o jornalista Marcelo Castilho, repórter da TV Brasil, e os publicitários Marcelo Gorodicht, da empresa X-Tudo Comunicação e Lula Vieira, um dos nomes mais reconhecidos na área publicitária.

O evento tratou das tendências em comunicação, e todos os convidados falaram sobre suas experiências na área, seja ela em áudio-visual ou em redação publicitária. Alguns fatos relatados durante as apresentações levaram a tal ponto de perceber que a comunicação precisa tomar uma forma cultural para passar informações adiante. Segundo Luiza Zveiter, “qualquer tipo de comunicação é cultura. Comportamento é cultura. Informações, no geral, tudo é cultura”. Para a jornalista, que hoje possui um quadro jornalístico na Globo News, ‘Estúdio I’, ela acredita que “as pessoas têm muito mais acesso à cultura através da comunicação. Redes sociais, jornais on line, são alguns dos meios onde pode-se encontrar informações relevantes.” Em seu programa, Luiza mostra as diferentes formas de cultura dentro de uma mesma sociedade, e isso traz uma diversidade de assuntos que são abordados de maneira descontraída e com personalidade.

O livro também faz parte da cultura de um povo, porém, para o publicitário Lula Vieira, esse objeto já deveria ter sido abolido das prateleiras. O por quê? A resposta foi bem simples e taxativa: “As coisas estão evoluindo cada vez mais rápido. Enquanto a tecnologia evolui, os desejos e sentimentos humanos continuam estagnados. Com toda a tecnologia em avanço, é importante também se desapegar das coisas velhas. Claro que existem coisas fundamentais que não podem ser desfeitas. Porém, hoje fala-se tanto em salvar a natureza, e todos os dias se produz mais e mais livros. Isso derruba árvores, gasta-se madeiras para fazer papéis, ainda têm as máquinas que poluem o ambiente, e assim acabam prejudicando a natureza.” Radical ou não, é fato que atualmente os computadores já possuem a capacidade de armazenar páginas e páginas de uma obra, mas será que a cultura existente na sociedade, há séculos, que ainda constituem o hábito de leitura, poderá ser destituída de uma vez por todas do papel? Pode ser!

Desapegar também é outro ponto que bateu muito forte na questão cultural. A exemplo do livro, como já foi mencionado anteriormente, será possível se abster de algo que desde sempre fizemos uso ou convivemos, em prol de uma simples mudança cultural? O jornalista Marcelo Castilho enfatizou um aspecto crucial em sua profissão: “O jornalista tem que saber de tudo, ler sobre tudo, mas é preciso se adaptar as diferentes culturas de uma região para conseguir o que se quer ali.” Mas também existem aqueles tipos de pessoas que não precisam se locomover do seu hábitat para expor a cultura de um povo, como é o caso do publicitário Marcelo Gorodicht, que não poupou as palavras ao dizer que “o que sempre será importante na publicidade, é a idéia. Pessoas com idéias geniais para os diferentes meios de comunicação, terão uma chance muito maior de produzir uma peça para diferentes culturas sociais.”

Conhecer a cultura de um povo, entender como eles se comunicam entre si e com a tecnologia, é um desafio que perdura nos dias atuais. Não basta basear-se apenas no que a mídia retrata, desapegar de velhos costumes, ou ter idéias brilhantes e inusitadas. A comunicação é mais do que só aprender palavras, é tudo aquilo que se aprende e passa de geração a geração. É isso que constrói a cultura de uma sociedade.

O Que é a Rio + 20

Por  Wilma Regina

Em 1992 a Cidade do Rio de Janeiro foi sede de uma conferência das Nações Unidas para discutir e planejar ações relacionadas ao meio ambiente e desenvolvimento sustentável, que foi chamada de RIO-92 .
Vinte anos depois estaremos realizando nos dias 13 a 22 de junho, a RIO+20 , que dará continuidade a esse tema atual e tão importante para a manutenção das condições de sobrevivência do nosso planeta.
Nessa conferência serão discutidos assuntos  relevantes sobre ações que contribuirão para a diminuição da poluição, e como manter o  desenvolvimento humano sem com isso agredir o meio ambiente.
O objetivo principal desse encontro, que contará com a presença grandes líderes mundiais é promover o compromisso político de sustentabilidade e avaliar as medidas já tomadas para a melhora das condições de nosso planeta. Entre elas serão discutida e analisadas propostas para a erradicação da pobreza, a economia verde e novas formas de estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável.
Certamente muitas novidades e propostas boas surgirão desse encontro. Durante a conferência estaremos falando mais sobre os acordos firmados e traremos notícias quentinhas das decisões lá tomadas.